É uma espécie de orquestra com instrumentos de percussão, que devem acompanhar o canto e conduzir o ritmo do desfile. Quanto mais rápido e em ritmo mais forte a bateria toca, mais rápido os integrantes costumam desfilar, havendo, portanto, uma associação vital entre este quesito e o quesito evolução. No Grupo Especial carioca, cada escola possui, atualmente, uma média de 250 a 300 instrumentistas. No quesito bateria, devem ser avaliados "a manutenção regular e a sustentação da cadência da Bateria em consonância com o Samba-Enredo; a perfeita conjugação dos sons emitidos pelos vários instrumentos; a criatividade e a versatilidade da Bateria". Costumam fazer parte de uma bateria de escola de samba os seguintes instrumentos: Surdo de primeira, surdo de segunda, surdo de terceira, caixa de guerra, repique, chocalho, tamborim, cuíca, agogô, reco-reco, pandeiro, e prato. Há variações nesta composição, por exemplo, a Mangueira não utiliza o surdo de segunda, só o de primeira, enquanto o Império Serrano dá destaque aos agogôs. Nos anos 90, ficaram famosas as "paradinhas", onde em determinado momento do desfile, geralmente quando era executado o refrão do meio, as baterias subitamente paravam de tocar, deixando o samba só no cavaquinho e na voz dos componentes, para subitamente retornar em seguida. O efeito esperado, considerado belíssimo pela crítica, é também arriscado, pois aumenta as chances de que o samba "atravesse" (termo utilizado pelos sambistas para designar falhas, geralmente graves, cometidas pelo grupo de ritmistas). Em 1997 a sensação do desfile foi a bateria da Viradouro que em diversos momentos durante o desfile, executou o ritmo do funk por alguns instantes
SURDO DE PRIMEIRA
É o maior surdo e o que dá o andamento principal ao samba, servindo como base. Os puxadores se guiam por ele para não acelerar ou desacelerar o canto do samba. Em geral, há um surdo de primeira junto aos puxadores, como guia. Tem uma afinação mais forte e mais aguda do que a dos surdos de resposta.
SURDO DE PRIMEIRA
É o maior surdo e o que dá o andamento principal ao samba, servindo como base. Os puxadores se guiam por ele para não acelerar ou desacelerar o canto do samba. Em geral, há um surdo de primeira junto aos puxadores, como guia. Tem uma afinação mais forte e mais aguda do que a dos surdos de resposta.
SURDO DE SEGUNDA
É a resposta ao surdo de primeira. Serve como sustentação para o samba no momento em que o surdo de primeira está 'parado', sendo um contraponto.
SURDO DE TERCEIRA
Aparece entre os outros dois (um pouco antes do surdo de segunda). Serve para dar um molho especial à cadência, quebrando a dureza dos outros surdos e dando um balanço à marcação. A batida varia de escola para escola, pois cada uma utiliza um tempo de corte.
CAIXA DE GUERRA
É o que dá o som característico ao samba. Só com o som da caixa já se pode identificar uma escola de samba. É sempre tocado com duas baquetas, e tem duas cordas sobre o 'couro' que dão uma afinação diferente. Marca o andamento, mas permite floreios que não ocorrem nos surdos. A forma como se toca uma caixa varia também de escola para escola: algumas utilizam o instrumento embaixo, na altura da cintura, tocando normalmente com as duas mãos; outras põem a caixa 'em cima', utilizando uma mão como apoio e a outra livre. O tarol é uma caixa de guerra mais fina. O som é muito semelhante, e o tarol, em tamanho, equivale a 'meia caixa'.
REPIQUE
É uma resposta à caixa. É bastante utilizado nas paradinhas e nas viradas do samba, como 'senha' para a volta dos demais instrumentos. Antigamente, utilizava-se predominantemente o repique nas paradinhas. Hoje, já se admite o uso de chocalhos, tamborins e outros, enquanto o resto da bateria silencia.
CHOCALHO
É formado por várias fileiras de 'chapinhas'. Há chocalhos com duas, três, quatro, cinco e até seis fileiras. Não há uma grande diferença no som dos chocalhos devido ao número de fileiras (mas uma maior quantidade de fileiras produz um som mais forte). Esse instrumento aparece mais nos refrões, e ficam passagens inteiras do samba sem ser tocado. O chocalho ajuda a caixa a dar o suingue do samba, mas é mais leve.
TAMBORIM
É um dos instrumentos mais importantes, já que faz todo o desenho do samba. Enquanto os surdos e a caixa fazem uma marcação contínua, o tamborim faz diferentes bossas no samba. Sua baqueta pode ter ponta única ou múltipla, o que produz sons diferentes. Por sua importância dentro da bateria, o naipe de tamborins costuma ter diretores específicos para ele.
CUÍCA
O som da cuíca é produzido através de uma pequena haste que fica em seu interior, que puxa um esticadíssimo couro que reveste o instrumento. Seu andamento é dependente da marcação dos surdos, que são seguidos pela cuíca. As cornetas e outros apetrechos que aparecem em algumas cuícas na Avenida são meramente decorativas.
AGOGÔ
Tem um dos sons mais agudos da bateria. A bateria do Império Serrano é famosa por privilegiar seu naipe de agogôs, o que acabou por se tornar uma das maiores marcas da escola.
RECO-RECO
Formado por uma haste e um pedaço de madeira (ou metal), seu som é produzido pelo atrito entre essas partes. Algumas baterias já não têm mais reco-recos entre seus ritmistas, mas muitas ainda mantêm esse instrumento. O instrumento observado à esquerda é feito de metal, assim como sua vareta.
PANDEIRO
Dá um ritmo característico ao samba, mas tem um som pouco audível no conjunto da bateria. Por isso, muitas escolas aboliram o pandeiro de suas baterias. É usado como 'alegoria' por muitos ritmistas, que o tocam para as mulatas sambarem e fazem coreografias.
PRATO
Outro instrumento utilizado basicamente como 'alegoria' pelos ritmistas. Em geral, as escolas têm uma ou duas pessoas com o prato, à frente da bateria, sambando e fazendo malabarismos com os pratos. O som, produzido pela batida de um prato no outro, é bastante forte.
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