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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mangueira do Amanhã reedita enredo campeão


Cerca de 1.500 crianças vão desfilar “Caymmi, Mostra ao Mundo o que a Mangueira e a Bahia Têm”. Para provar que enredo bom não tem idade, a Mangueira do Amanhã reedita este ano um dos mais aclamados de todos os tempos: “Caymmi, Mostra ao Mundo o que a Mangueira e a Bahia Têm”, que deu à verde e rosa o campeonato em 1986. Os preparativos para o desfile estão adiantados, e o samba está na ponta da língua dos pequenos componentes. Para quem não lembra, ou não era nascido, trata-se do famoso refrão “Tem xinxim e acarajé/ Tamborim e samba no pé”.

“Nossas alegorias já estão prontas, e as fantasias em fase final de produção. As crianças são ótimas e estão muito empolgadas”, anima-se a presidente da Mangueira do Amanhã, Maria de Oliveira, a Tidinha.
Como vem acontecendo na “Mangueira grande”, o clima na “Mangueira pequena” é de “reconstrução”, como define Tidinha. O trabalho, segundo ela, tem sido “árduo”, com ensaios todas as segundas-feiras para reunir a garotada. A intenção é desfilar com 1.500 crianças. Todas devidamente matriculadas na escola e com bom rendimento nos estudos. Além de fazer bonito na Avenida, o foco da Mangueira do Amanhã é o trabalho social desenvolvido com os jovens integrantes.

Na quadra e na Vila Olímpica são oferecidas aulas de reforço escolar, bateria, samba, capoeira e percussão, a fim de garantir boas notas e desenvolver outras habilidades dos alunos. Às segundas e quartas,Tidinha e o mestre-sala Adilson também se encarregam de ensinar a dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira a 14 casais na “Mangueira grande” e 10 na “Mangueira pequena”. O projeto começou no ano passado e este ano terá continuidade. “As mães levam e as crianças não faltam. Para poderem sair na escola, o exemplo tem que vir de casa: elas têm que ter boa educação, têm que estar estudando, passar de ano e, por último, saber sambar, ou seja: saber a dança da porta-bandeira e do mestre-sala”, avisa.

A julgar pela procura, as exigências não desanimam. A escolinha atrai crianças da Mangueira e de outros locais que querem aprender a arte do casal que leva o estandarte na avenida. Mas o objetivo é mostrar que o samba não é garantia de emprego. Em primeiro lugar, precisam se dedicar ao estudo, pois o Carnaval é diversão. Outra mensagem valorizada pelo projeto é o amor à agremiação, para perpetuar as tradições por muitos e muitos carnavais.

“Eu nasci ali e dali ainda não saí. E quero passar isso para as minhas crianças, para que a nossa cultura não termine”, conclui Tidinha.

Fonte: Assessoria / Divulgação da Estação Primeira de Mangueira

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